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Halitose (mau hálito)


A halitose é o termo médico utilizado para descrever a presença de um hálito desagradável, com origem em alterações variadas na cavidade oral ou outras localizações.

Trata-se de um condição com frequência real desconhecida mas com grande impacto social e na autoestima das pessoas afetadas. Num estudo realizado em Portugal a prevalência de halitose foi de aproximadamente 49,5%.

A nível oral, podemos apontar como principais causas de mau hálito as seguintes:

  • má higiene oral;

  • presença de lesões de cárie;

  • doenças gengivais (gengivite e periodontite);

  • ulcerações orais;

  • infeções orais (bacterianas, virais ou fúngicas);

  • próteses dentárias mal higienizadas;

  • diminuição do fluxo salivar;

  • cancro oral;

Existem, ainda, causas externas que podem provocar mau hálito como: ingestão de certos alimentos no nosso dia-a-dia (alho, cebola), tabaco, consumo de álcool e medicação que desencadeie diminuição do fluxo salivar.

Ao longo dos anos houve sempre a ideia de associação de mau hálito com problemas gástricos, que é considerada muito rara, mas que pode surgir em casos de: refluxo gastro-esofágico, cancro do estômago, síndrome de má absorção ou infeções intestinais.

De manhã, ao acordar, é normal que sintamos um hálito mais intenso, o chamado “hálito matinal”, fruto da diminuição da produção salivar mas também da abstinência de ingestão durante o período noturno.

O diagnóstico da halitose deverá ser feito pelo médico-dentista, através de uma história clínica detalhada mas também de um exame objetivo intra e extra-oral. Podem, ainda, ser realizados alguns exames complementares como testes salivares e microbiológicos.

O tratamento e a prevenção do mau hálito passam por uma correta higiene oral, incluindo: escovagem e limpeza interdentária e uso de raspadores linguais para higienização da língua.Não descurando a visita regular ao dentista, o tratamento das lesões de cárie e dos problemas gengivais e periodontais. É ainda aconselhado a ingestão diária de água para manter uma correta hidratação.

Através de diferentes método de auto-percepção, o paciente pode avaliar o seu hálito:

“método da colher”: o doente pode utilizar uma colher plástica para avaliação do seu hálito, com a qual deve raspar o dorso da língua, eliminando a placa lingual;

"teste de lamber o pulso”: o doente deve deitar a língua de fora e lamber o seu próprio pulso, de forma perpendicular; decorridos cinco segundos e a uma distância de três centímetros, deverá fazer a avaliação. Este método poderá ser realizado por outra pessoa que não o próprio doente;

“avaliação olfativa global”: o doente é ensinado a colocar as suas mãos fechadas em frente do nariz e da boca em copa, posteriormente o ar expirado pela boca é avaliado pelo próprio. Este teste permite fazer avaliação geral do hálito;

“avaliação olfativa por outros”: este é considerado o melhor método de avaliação da halitose, muito embora, muitas pessoas não se sintam à vontade para utilização do mesmo.

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